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terça-feira, 13 de abril de 2010

particularidade x democracia

Um grande amigo me disse que esse nome ZAPATILLA não combinava muito comigo ainda mais pelo som tão diferente na leitura do espanhol, sendo uma brasileira que gosta tanto do português. A mim, o som dessa palavra em espanhol embeleza muito sua escrita e provoca pensar a sonoridade de ambas as línguas. Do seu início Zeta, lembra a não existência do 'ç' tão disinto no português; do LL o som do 'cha' mesclado talvez a um j ou a um t inexistente, dependendo da dobradura da língua!

E ainda, apesar de discordar de violência, tem um manifesto revolucionário na palavra por fazer lembrar o mexicano Emiliano Zapata - sua política "Tierra y libertad"! Foi o jeito encontrado por ele para lutar por direitos e se posicionar contra a ditadura de Porfírio Diaz, o porfiriato exterminado na revolução mexicana de 1911. Tenho a impressão que os seus parceiros revolucionários usavam alpercatas, digo, zapatillas!!

Os blogs têm essa distinção - unem as escolhas entre a comunicação, o fazer-se entender, e as escolhas simbólicas de seus autores - A palavra zapatilla reforça minha latinidade e a minha condição de ir e vir, da caminhada entre as línguas e seus territórios. Reforça minha representação nata de retirante nordestino.

Não teve jeito, gostei mais ainda da palavra, gostei daqui, continuo de chinelo de dedos, alpercatas ou zapatilla mexicana! Viva os regionalismos e seus nomes locais e, em tempos de Internet, escolho o mais abrangente: Zapatilla para seguir por los camiños de america.
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sexta-feira, 19 de março de 2010

Zapatilla

Mudei tudo. Por ora, chega de gatekeeper, gatekeeping, agenda setting e Martín-Barbero. Todos continuam comigo, mas estão lá na primeira análise dos conceitos para a atual caminhada. Representam o "para onde estava indo". Agora já é hora da volta. Voltar a construir, a repensar idéias, a analisar com crítica. Pensar a comunicação depois de ouvir o conselho do Dominique Wolton e tals.

Insisti em trabalhar somente com as reflexões latino-americanas. Mas a palavra somente nesse caso é impossível, não é Canclini? SOMOS HÍBRIDOS. Eureka! Descobri a América!!! Isso me lembra a ironia do Humberto Eco quando diz para o coitado do iniciante pesquisador - eu - deixar de insistir no que é óbvio, não querer inventar a roda... 

Agora vou de chinelo de dedos! Assim penso melhor, lembra mochila, viagens, cheiro de mar!! É mais confortável racionar! Não que esteja chamando os novos conceitos de zapatillas, mas estão mais próximos comigo, já balbucio com Habermas! Logo espero construir uma frase inteira e começar o diálogo!

Tá certo! Na verdade, não foi uma mudança. Una zapatilla representa a caminhada em consenso com o pensamento teórico latino-americano! Muitas das construções teóricas latinas que encontrei usam a dialética do esclarecimento! E Habermas lá, no agir comunicativo, na evolução da teoria crítica. Viva o esclarecimento e o entendimento mútuo! Finalmente podemos dizer que os latinos são EXPLORADORES.

Exploramos o  raciocínio europeu e o americano, hibridizamos a escola de frankfurt, a de chicago e tudo o mais! Agora conseguimos conceituar chinelo de dedos, alpercatadas, havaianas, zapatillas...