sábado, 6 de novembro de 2010

Bulliyng social

Atirar pedras: quem começou primeiro?

A estudante Mayara Petruso tomou.. E atirou pedra. Vai responder juridicamente por matar nordestinos na mente e na boca, lugares de estupidez mórbida versus fonte de sabedoria. Poderia ter saído dessa pela segunda opção. Agora vai 'se lascar'pelo resto da vida, como dizemos nós, os nordestinos. Se for embora para outro lugar e buscar o convívio de outra cultura, sempre vai encontrar um nordestino lá pertinho dela.. Somos genuínos na arte de migrar e proliferar cultural e geneticamente.

Já foi o tempo em que soltar o verbo a torto e a direito ficava sem resposta. Agora tem público de plantão para reagir. Pena que pouco politizado e que fica a mercê de entidades que tomam atitudes perante o mais fraco, deixando de atirar pedras em quem domina as situações de poder, representantes do coletivo.

Sem sair em defesa, nem perdoar pela língua de trapo da estudante por ora massacrada no espaço virtual, não dá pra deixar de pensar que a pobre é um ente em formação, estudante do campo jurídico, um dos que abrem mais portas para trabalhar perante o público - infestado de nordestinos. Podia bem ter revertido a situação e jogado novo repertório diante dos malefícios da condição social e política que temos.

De um jeito ou de outro, falar bobagem e agir com preconceito lasca qualquer um de verde e amarelo. Tudo facilitado pelo espaço virtual, com a Internet imperativa de informações de todos os tipos, num fluxo contínuo permeado de sabedoria e estupidez.

Mas bobagem dita, bobagem feita.. ecoam as vozes da indignação. Uns na defesa querendo que o povo repense quem é culpado pela formação da garota. Outros correndo com inquérito e processos(Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância de São Paulo; OAB-PE,..). A base está no preconceito e xenofobia evidenciados em um único indivíduo, mas que é representativo de muitos na sociedade.

Euzinha no meio desse fluxo - nordestina genuína, não podia deixar de dizer da emoção e do orgulho por ser parte de uma cultura tão rica, de altos e baixos, como todas o são. Sou blogada, twitada e facebookeada (credo)e inserida nessa polêmica sem fim, desde os tempos do colégio. Sem crucificar a pobre, torço por uma reação em cadeia em favor do respeito ao outro, seja por qualquer desvirtuação de direitos.

Há um caldo grosso subindo sob nossos narizes - saldo da bandalheira sobre os interesses públicos pisoteados. Afeta nossa brasilidade, nossos conceitos, nossas vidas, nossas decisões. E olha o que sobrou: pedra pra mais estúpida - uma estudante que vai ficar na história por ter soltado o veneno dos muitos que conhecemos...

...dificil é quem nao sofre bullyng social... afinal, Quem fica quieto é conivente, Quem fala demais é aproveitador do espaço dos outros,.. Portanto, RETIRE OU ATIRE a primeira pedra...

E tenho dito.
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