segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ALAI: Prefácios

O prefácio ajuda muito a adquirir uma obra sim. Imagina-se de primeira que um escritor renomado nunca abone algo fake, trash ou pó-de-serra literário!

Reprodução de texto publicado pela ALAI
America Latina em Movimento:

PREFÁCIOS

FREI BETO:

Não faço prefácios de livros. Nem apresentações. Decisão tomada há cinco anos ao não suportar pressões de neoescritores para que eu escrevesse o quanto antes. Deixar de lado meu trabalho literário para ler obra alheia, fora do meu campo de interesse naquele momento, fazia-me perder o fio da meada. Pior quando eu não gostava do texto e, ao apontar falhas ou imaturidade na escrita, e recusar o prefácio, criava uma saia justa e, em alguns casos, perdia uma amizade.

Escritores têm muitas virtudes, como a persistência de tecer (daí texto) letrinha por letrinha e de conter a ansiedade até sentir que deu o melhor de si. Porém, somos um balaio de defeitos. O mais notório é a vaidade literária. Você ousa dizer à mãe que o filho dela é horroroso? Do mesmo modo, escritores acreditam que suas obras são o máximo! Se alguém fala mal do livro, não é o livro que não presta, é o detrator que é burro, ignorante, carece de cultura para apreender o valor da obra...

Você conhece algum clássico da literatura de ficção precedido de prefácio? Prefácio é para obras antigas que requerem contextualizar o leitor hodierno. Fora disso, funciona como cartão de apresentação. Ora, se alguém vem a você apresentado por seu melhor amigo, nem por isso significa que seja simpático e confiável como seu amigo. Do mesmo modo, não há prefácio que salve a má qualidade de uma obra de ficção. Pode ser assinado por James Joyce ou Gabriel Garcia Márquez. É o livro em si que cativa ou não o leitor. Aliás, tentei três vezes ler e apreciar Ulisses do Joyce, atraído pelo prefácio de Antônio Houaiss. Devido à minha obtusidade, fracassei.

Entendo que um escritor iniciante queira ver a sua obra recomendada por autor consagrado. Também não escapei da tentação de pedir a Tristão de Athayde e Dom Paulo Evaristo Arns para prefaciarem meus dois primeiros livros: Cartas da Prisão (Agir) e Das Catacumbas (hoje incluído no volume da Agir).

Em livro de ficção prefácio não se justifica. Exceto se se trata de tragédia grega ou de obra traduzida cujo autor seja desconhecido de seu novo público. Fora disso, há que ir direto ao texto e avaliá-lo por sua qualidade intrínseca, e não pelos confetes jogados pelo prefaciador. Aliás, já li prefácios melhores que o próprio livro recomendado.

O que escritores inéditos devem fazer, frente à recusa das editoras em publicá-los, é enviar seus originais aos inúmeros concursos literários. Um livro premiado abre portas de editoras. E jamais se deixarem abater pela recusa do editor. Proust foi rejeitado por André Gide, editor da Gallimard, e Carmen Balcells, uma das mais prestigiadas agentes literárias do mundo, devolveu a Umberto Eco os originais de O nome da rosa por considerá-lo, não um romance, mas uma tese acadêmica romanceada... A editora inglesa Hogarth Press recusou os originais de Ulisses, o que Virginia Woolf, publicada por ela, considerava “uma memorável catástrofe”.

Tornar-se um autor – pois escritores há muitos – é uma tarefa árdua. Exige persistência e, sobretudo, muita leitura e tempo dedicado a escrever e reescrever inúmeras vezes o mesmo texto. Em se tratando de ficção, ele nunca está definitivamente pronto. Como dizia Paul Valéry, não se termina um romance, apenas o abandona...

Meu primeiro editor foi Ênio Silveira, da Civilização Brasileira. Perguntei a ele como saber que um livro está maduro para ser remetido à editora. Respondeu: “Nunca o faça sem estar convencido de que você fez o melhor. Não blefe consigo mesmo.”

Guimarães Rosa adotava e recomendava o hábito de, terminado um livro, deixá-lo na gaveta “descansar”, como massa de bolo, por uns meses e, então, relê-lo. O autor certamente o fará com olho crítico, aprimorando o texto. Além de seguir-lhe o conselho, sempre repasso meus originais a meia-dúzia de leitores qualificados para que façam críticas e sugestões.

- Frei Betto é escritor, autor de “Hotel Brasil – o mistério das cabeças degoladas” (Rocco), entre outros livros. www.freibetto.org – Twitter:@freibetto

Copyright 2010 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Assine todos os artigos do escritor e os receberá diretamente em seu e-mail. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Antes do Depois do onze, a viagem

Viagem ao Sul

[Sem referenciar a tragédia americana,]

Ainda com alguma relação a episódios no mundo consumista, cá estou narrando pro 'Brujula' as escolhas desta pesquisadora para ajustar o poder de compra para adquirir livros científicos -auahuahauahau.

A VIAGEM a Caxias do Sul foi super rica - de amizades e episódios que só uma pessoa com vestígios de mochileira é capaz. A Ida - de ônibus com o Santa clicando até conseguir closes dos meus sonhos. A cara amassada é tudo que se vê do tanto que consegui dormir no aperto do busão, tentando repor e compor horas de sono para o que viria. Deve ser por isso q eu contei três quebras do onibus enquanto o pessoal comentava que foram sete.

O bom foi descolar uma família maravilhosa que me recebeu - contatos extra-familiares da famosa "rede amigo do amigo". E melhor ainda o endereço - ótimo para se encontrar e circular por Caxias - a primeira e única avenida júlio de castilho. Não há outra com canteiro de flores entre as vias. Bem no comecinho dela, o monumentos aos imigrantes, à italianada cheia de histórias pra contar.. lindo.

Depois disso, e como uma caxias do dito popular, bati ponto todos os dias no grupo em que me inscrevi e ao qual iria apresentar em pleno sábado. Foi muito bom expor a abordagem que irá compor parte da dissertação. E tenho dito - fechei com a frase da linha política demagógica [contudo, resgatada no meu contexto para as deliberações e bases críticas para as possibilidades de emancipação humana.] Comunicado estava. Ainda bem que o amigão Paulo também apresentava naquele dia - Adoroooo amigaum, aguarde e confie que o pensamento comunicacional latino-americano vai ferver!

Depois disso pude dar uma passada pela banca do MANECO, livraria que tomou conta da universidade que sediou o Intercom 2010. Foi toda a economia ali, num sobrou nem pra boina que tanto queria. Ainda bem que a turma gastou bastante, pelo menos vi o que Caxias comercializa e oferece, claro que os amigos resfastelaram-se nas comidas e saídas noturnas. Como eu estava em endereço diferente, aproveitei as conversas da família que acabou sendo uma ótima cicerone em um passeio de domingo pelos monumentos de paris, digo de Caxias [ops, vi um álbum de Paris e já to pensando quando será que vou conhecer o berços das luzes]. auhauahauhau

Caxias atrai também por ser pertinho e parte de outros roteiros da serra -Gramado, Canela, Nova Petrópolis. Super atrativa tanto que alguns ficaram por lá mais um pouco, como o GESO e sua jaqueta nova para aproveitar a sauna do BLUE TOWER POWER; a Sara maravilhosa e a Viviane [praticamente uma discipula do Bolãno] para o roteiro do frio [nossa que vento geladooo].

MAS Quem brilhou no caminho do Intercom foi o 'chocolate', anjo da guarda para encontrar a trilha certa dos tantos blocos que tinhamos que atravessar e encontrar - o RU, o teatro, os grupos de pesquisa, etc etc...

A Volta - sem encontrar a boca atrativa e desocupada para fazer par à minha - foi super-mega-mais-tranquila. Finalmente todos voltaram sem quebradeira do ônibus, 'mimindo' e babandinho. Até o 'insono' do Santa mimiu, sem fotos de volta. O navio zarpando e o clone da Jessica parker e todo o seu séquito para trás..rs [toma que o fiéteu].

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ainda o CDC

O Código do Consumidor na minha vida

Em uma mudança de planos por força de terceiros tive que cancelar uma compra feita por meio do Submarino-ponto-com [=exploraçao-nauta]. Tive que pagar 43 reais como taxa de cancelamento para o portal, e cerca de 30% do produto adquirido para a fornecedora.

Apesar de o Codigo do Consumidor prevê um prazo de 'arrependimento' - não tive nenhuma defesa já que os cartões de crédito prendem e contribuem com o sistema - sem saída para quem deteria o poder de compra [o dinheiro e o poder de compra só é nosso quando temos que pagar e responder dívidas]

Imagino como seria se não tivesse uma lei..

sábado, 11 de setembro de 2010

E tenho dito

A esfera deliberativa em Habermas continua sofrendo grandes mudanças. Sem muita perspectiva de algum dia retomar a representatividade necessária para se reestruturar.. se depender de algum esforço coletivo, emparedando os interesses mercadológicos, é tocar o enterro que o corpo já tá na rede

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

No mundo da vida

Preciso de uma esfera pública respirável

Qual surpresa tive com o PROCON - UNIDADE BAURU, interior de São Paulo, quando muito lindamente saí para pagar as contas hoje, um dia pleno de sol e de ar úmido pós-chuva. Resolvi ir até a unidade do famoso POUPA-TEMPO para uma pulga que me pinica há tempos.

Para começo de conversa, sinto em dizer que desse episódio, hoje fico devendo fazer qualquer elogio que corriqueiramente faço à minha vivência bauruense. Pensei que determinadas cobranças de direitos, de simples consumidora, já eram corriqueiras e de fácil cumprimento dos órgãos públicos.

o objeto: cobrança de fatura enviada por e-mail, resultando em gastos de impressão, sem intermediação bancária [direta].

a justificativa: discussão da ilegalidade de cobrança de taxa de bancos por emissão de carnês - é escolha de negócios relacionada à forma em que a produtora de bens ou serviços quer garantir seu valor de troca. Lei 4.083, de 4 de janeiro de 2008, proibitiva se não me engano no Distrito Federal, e em outras localidades [código do consumidor..]

Os envolvidos: euzinha e a máquina estatal que usa o nome de DEFENSOR DOS DIREITOS DE CONSUMIDOR, PROCON-unidade Bauru, especificamente representada por um atendimento que está na ponta do sistema invisível do Estado[nesse caso, um tanto intocável e ausente para o cidadão. humpf!]

Histórico:
parte I - a cobrança bancária já vinha sendo feita desde a primeira fatura, com reclamação imediata com a prestadora de serviço, sendo pessoalmente solicitada uma explicação daquela ilegalidade. Foi um diálogo sem resultado de convencimento - os argumentos sem embasamento de uma atendente defendendo sua posição de ser uma regra da prestadora de serviço a qual não se podia argumentar. Dali, vi que nao havia o que rebater por que até o gerente sabia da lei, mas que essa lei era para outros ou para quem quisesse cumprir (forte isso)

parte II - afronta e acinte! Assim me senti quando recebi a cobrança dos serviços por e-mail pois a prestadora de serviço trocara de agencia bancária e o boleto não seria emitido naquele mês - euzinha deveria dispor de meios para pagar. A afronta: está lá a cobrança do boleto sem ter banco nenhum no meio. Acinte!

Sem estressar [tranquilinha e educada porque esse tipo de assunto exige] fui calmamente pagar o bendito boleto, cumprir o dever de um serviço que faço uso e necessito para minha condição de vivente nesta terra. Depois disso, resolvo, muito mais calma ainda, dar um 'pulinho' no atendimento do Procon para solicitar informações de como proceder e saber como questionar e resolver essa questão que, em muitas discussões públicas já era reconhecido como direito do consumidor. Depois de pegar a senha e aguardar no 4º painel à direita [só para dizer que tudo é muito chique e cheio de boas intenções] fui atendida pelo moço aparentemente alto e magro, lá pelos seus 25 anos, amarelado pela falta de sol e talvez pela iluminação local, cara de amargurado, cabelo macilento, uniformizado e sem vontade nenhuma de estar ali. Depois disso, só uma narrativa em diálogo:

Digo eu - Boa tarde [16h e pouco] meu querido atendente. Parece triste! Num fica não que me deixa preocupada, não é bom ficar chateado.
- Pois não [gelo total]
- Muito bem, vamos direto ao assunto entao. veja esta conta de serviços. venho sendo cobrada por um boleto bancário que hoje em dia, é reconhecido como ilegal, segundo interpretação do Código do Consumidor.
- Sinto muito, mas essa reclamação não justifica. O juiz daqui, que atende Bauru [frizou a cidade] interpreta não ser proibido esse tipo de cobrança. [Fechou o diálogo]
- Não acredito que nem posso questionar isso, nem o Procon vai registrar nada porque um juiz local entende algo e por isso não passa mais nada? Mas o Procon não é estadual?
- O juiz de Bauru entende que é legal
- Em todo caso? Pois, neste caso, nem há intermediação bancária. Justifica a ilegalidade..o Procon do Estado de São Paulo num existe e foi criado para defender o consumidor? Porque ele fica a mercê de uma decisão, que pode ter sido interpretada em uma outra ocasião? Você entende?
- É assim. Olha, o Procon é do Governo. - Grumpf [deu de ombros]
- Então.. criado para defender o consumidor, para questionar esse tipo de coisa.. ainda mais que tem respaldo, tem lei criada, tem lugares que cumprem isso. Por que seria diferente se eu como consumidora, e creio que mais um monte de gente discorda dessa cobrança?
- É. eu entendo, mas o juiz decide que está correto.
- Decepção com o Procon. Por isso está decaindo na opinião pública né? Já tem pesquisa dizendo isso. Agora entendi porque voce está triste.

E tenho dito, pratico minha criticidade, estou lendo Habermas, dá nisso.
Ainda vou provocar um terceiro episódio. Afinal, vou continuar a pagar o serviço por um prazo, digamos, suficiente para propor novos argumentos, procurar outras instâncias..

Sujeito cidadão num é a toa não, pacato, ou não. Tem algum grupo de discussão, situação, local, ou mais argumentos para fundamentar o terceiro episódio?

Zapatilla: CONFECOM: Continuidade das discussões

Zapatilla: CONFECOM: Continuidade das discussões: "Como se diz por aí, 'a título de repasse' chegou em minhas mãos direto da liga da justiça a mensagem sobre projeto em São Paulo afirmando qu..."

CONFECOM: Continuidade das discussões

Como se diz por aí, "a título de repasse" chegou em minhas mãos direto da liga da justiça a mensagem sobre projeto em São Paulo afirmando que continuam as discussões about CONFECOM/
Diga-se de passagem, a brasa ainda pode queimar.. entenda isso ou provoque dúvida nesta esfera pública virtual.


Cria o Conselho Estadual Parlamentar da Comunicação

No sentido de dar continuidade às discussões daquela importante Conferência, apresentamos o Projeto de Resolução nº 9, de 2010, que dispõe sobre a criação do Conselho Estadual Parlamentar de Comunicação no Estado de São Paulo.
Tendo como base algumas iniciativas semelhantes em alguns outros estados brasileiros como Rio de Janeiro, Piaui e outros, bem como as deliberações da 1ª Confecom, apresentamos na forma de Projeto de Resolução para circunscreve-lo no âmbito do Poder Legislativo. Daí a inclusão no título da palavra Parlamentar. Desta forma, a sua tramitação se restringe no âmbito desta Casa de Leis, cabendo à Mesa da Assembleia sua sanção.

Pretendemos com esta iniciativa contribuir no processo de democratização das comunicações no Estado de São Paulo.
Do gabinete Deputado Antonio Mentor
Assembléia Legislativa de São Paulo

veja parte do projeto que foi publicado no DOE de 26/08/2010, pág. 18, do Caderno Poder Legislativo:

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 9, DE 2010

Cria o Conselho Estadual Parlamentar de Comunicação do Estado de São Paulo.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA:

Artigo 1º - Fica criado o Conselho Estadual Parlamentar de Comunicação do Estado de São Paulo - CONSECOM de natureza permanente e deliberativa no âmbito de suas competências.

Artigo 2º - Compete ao CONSECOM a fiscalização, avaliação e proposição políticas estaduais de Comunicação, e a promoção dos direitos humanos mediante as seguintes atribuições:
I – contribuir para a efetivação do direito à informação, da liberdade de expressão e para a independência e o pluralismo dos meios de comunicação;
II – atuar em defesa do interesse público relacionado a atuação de veículos de comunicação de massa em âmbito estadual, abrangendo as atividades de imprensa escrita, radiofônica e televisiva, além da transmissão de imagens, sons e dados de qualquer natureza;
III – estimular a organização da população e suas entidades na implementação de medidas em defesa do interesse público na área de comunicação;
IV – contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento do sistema público de comunicação do Estado;
V – zelar para que a aplicação das verbas de publicidade dos poderes públicos do Estado seja feita de modo a fortalecer o pluralismo nos meios de Comunicação;
VI – encaminhar e acompanhar junto aos órgãos competentes, denúncias relativas a atitudes preconceituosas de gênero, sexo, raça, credo, classe social e outros, nos meios de comunicação que atuam no âmbito do Estado conforme preceitua a Constituição Federal;
VII – acompanhar a execução e avaliar as políticas de Comunicação do Estado;
VIII – efetuar ações em defesa da dignidade da pessoa e da família em relação a programas de emissoras de radiodifusão e telecomunicações que contrariem o disposto na Constituição Federal, Constituição Estadual, Declaração Universal dos Direitos Humanos e legislação pertinente à matéria;
IX – fiscalizar o cumprimento da legislação e das normas que regulamentam a radiodifusão e as telecomunicações e sempre que necessário pedir esclarecimentos ao Ministério das Comunicações e Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) sobre a situação das emissoras locais e os processos de outorga, renovação de concessão e autorização de serviços de radiodifusão sonora, de sons e imagens e digital.
X - formalizar e denunciar junto a esses órgãos quando alguma emissora de radiodifusão e telecomunicação desrespeitar a legislação, tudo nos conformes da Constituição Federal;
XI – articular com outros organismos ou entidades públicas e privadas ações necessárias à execução das medidas de política de comunicação;

continua... leia mais, ou ignore.. querendo é consultar o diário oficial de SP ou na net nas páginas do nobre deputado autor... se continuar dá rima