Imprensa católica
Matéria publicada no site da Revista Missões (5 de março de 2008)
Evangelizados e evangelizadores das Santas Missões Populares de Campo Grande - 05/03/2008
de Cecília Soares de Paiva *
No quarto domingo da quaresma, dia 2 de março, a Arquidiocese de Campo Grande, MS, realizou um encontro de formação sobre as Santas Missões Populares (SMP) com a participação de mais de 250 pessoas dispostas a prosseguirem a Missão. A missa presidida pelo arcebispo Dom Vitório Pavanello, abriu o evento que teve boa música de animação, apresentação dos objetivos e palestras intercaladas com testemunhos. Inspirada nas ações dos anos anteriores, a coordenação conseguiu, logo nos primeiros momentos, trazer o sentido aproximativo entre os participantes, incentivando-os a se conhecerem para formar grupos com pessoas de bairros e diferentes realidades. Essa formação visava organizar a tarefa da tarde com a visitação missionária pela vizinhança e partilha da experiência. O Coordenador das SMP da Arquidiocese, padre Ubajara Paz de Figueiredo, lembrou o jubileu da Arquidiocese de Campo Grande, com seus 50 anos de vida e missão e da realização das SMP desde 2006. “As Santas Missões Populares é como um marco vivo do gosto de ser evangelizado e de evangelizar”, explicou padre Uba que citou o Documento de Aparecida como inspiração principal.Refletindo sobre a caminhada e o futuro das SMP, o Coordenador da Pastoral Rural Odailton Caetano recordou que “somos missionários reunidos para uma prática missionária!” Procurando saber dos participantes sobre a necessidade da ação missionária, alguns disseram que era “para buscar os irmãos afastados e evangelizar”, outros que era “por serem discípulos de Jesus Cristo”. Odailton completou ser realmente pelos irmãos afastados, mas também porque a Igreja precisava sair do comodismo. “Dar uma sacudida e sair de si buscando o povo que está no chão, os que vivem no medo e na falta de sentido da própria vida”.No período da tarde, grupos de três saíram para a prática missionária, com a tarefa de fazerem três visitações. No retorno, os depoimentos demonstraram a convicção de estarem longe de se sentirem ‘acomodados’ mas, firmes em defender “as coisas do alto”.As reflexões prosseguiram sobre a catequese, a juventude e a presença das mulheres nas Missões, com palestras sobre a atuação responsável de todos na crença de um mundo melhor. Padre Valdomiro Bronakowski contou a experiência das SMP e a forma como atua o Conselho Missionário da paróquia São João Bosco, organizado em setores onde cada quadra tem seu coordenador. Dessa forma, nenhuma quadra ou pessoa fica de fora. Funciona assim há dez anos e a distribuição vai sendo feita com a criação de novas comunidades. As reflexões sobre o Documento de Aparecida versaram a partir da realidade campo-grandense ressaltando que a Missão seja vivida de forma permanente para irradiar a presença de Deus na vida das pessoas. A Igreja deve ser mais dinâmica, renovada, sair de si e ir ao encontro do outro, contagiando os cristãos e a sociedade.A mensagem final procurou incentivar a Missão sem pensar que são poucos os atuantes, uma vez que cada um deve ser missionário onde estiver. Houve espaço também para a apresentação de materiais referente ao 12º Intereclesial das CEBs, marcado para julho de 2009 em Porto Velho, Rondônia, com o tema: “Do ventre da Terra, o grito que vêm da Amazônia”. Tereza Hayafuji, coordenadora diocesana das CEBs do Oeste 1, explicou que, antes do nacional, haverá um encontro com todo o Centro-oeste, em Brasília, de 13 a 19 de outubro de 2008.
*Cecília Soares de Paiva é jornalista / Oeste l
Fonte: Cecília Soares de Paiva / Revista Missões